Operação conjunta prende um dos criminosos mais procurados do Brasil
Uma operação conjunta entre forças policiais resultou na prisão de um dos criminosos mais procurados do Brasil, na sexta-feira (15). A ação contou com equipes do Grupo de Capturas da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) de Governador Valadares (MG) e a Polícia Federal.
De acordo com a polícia, o fugitivo estava residindo em São Paulo (SP) sob uma identidade falsa, escapando das autoridades por anos.
O criminoso já figurava na lista dos foragidos mais buscados de Minas Gerais, emitida recentemente pelo governo estadual. Sua extensa ficha criminal acumula uma pena total de mais de 73 anos de prisão, com acusações que incluem homicídio qualificado, porte de arma de uso restrito, roubo armado, restrição de liberdade de vítimas durante assaltos a instituições bancárias, associação criminosa armada e tráfico de drogas.
Histórico criminal
O condenado ganhou notoriedade por liderar dezenas de assaltos a agências bancárias em todo o território nacional, o que o transformou em um dos criminosos mais procurados do país.
Durante sua trajetória criminosa, ele foi alvo de intensas investigações conduzidas por diversos departamentos especializados das forças policiais, tendo conseguido protagonizar três fugas de penitenciárias, inclusive uma ousada fuga de uma escolta policial por um grupo armado.
Sua última fuga ocorreu em dezembro de 2018, no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, devido ao seu envolvimento com uma associação criminosa de renome nacional.
Além disso, há registros de escândalos de corrupção envolvendo servidores e presos vinculados a facções, bem como relatos de outras duas fugas do sistema prisional, uma da Penitenciária Dutra Ladeira e outra da Nelson Hungria, ocorridas antes de 2013.
Outra fuga em destaque foi mediante um esquema de fraude, quando o fugitivo alegou ter parentes no Piauí, solicitando sua transferência para cumprimento de pena naquele estado. Embora tenha alegado ter sido resgatado por criminosos, investigações subsequentes revelaram a existência de suborno para permitir sua fuga.
O fugitivo possui um extenso histórico de mandados de prisão preventiva em aberto, com pelo menos 31 registros, incluindo aqueles que já foram cumpridos ou expirados.
Uma de suas prisões anteriores ocorreu em um condomínio de luxo, onde foram apreendidos três fuzis M-16, uma escopeta, dinheiro e cinco celulares. Além disso, foi confirmado que ele utilizava pelo menos duas identidades falsas, vivendo normalmente sob uma delas e até mesmo possuindo um CPF criado especificamente para essa finalidade.