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Hoje é sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Polícia Federal deflagra Operação Vilipêndio contra fraudes em benefícios previdenciários em SP e MG

Polícia Federal deflagra Operação Vilipêndio contra fraudes em benefícios previdenciários em SP e MG

Fraudes em pensões por morte causaram prejuízo superior a três milhões de reais ao erário

Nesta quinta-feira (22), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Vilipêndio para aprofundar as investigações sobre fraudes na concessão de 81 benefícios previdenciários de pensão por morte, que resultaram em um prejuízo superior a três milhões de reais aos cofres públicos.

Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nos bairros do Tatuapé e Jardim Brasil, em São Paulo (SP), na cidade de São José dos Campos (SP) e em Cambuí (MG). Os mandados, expedidos pela Primeira Vara Federal de Campinas, foram direcionados a dois servidores e dois ex-servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Além das buscas, a Justiça determinou o afastamento dos sigilos fiscais, bancários e telemáticos dos investigados.

Segundo informações da Polícia Federal, a investigação teve início em 2015, após a prisão em flagrante de três mulheres em Itatiba (SP), enquanto tentavam sacar valores de benefícios irregulares usando documentos falsos e cartões bancários. A partir dos dados apreendidos, a Coordenação Geral de Inteligência da Previdência Social identificou a existência de uma organização criminosa especializada em estelionatos contra o INSS, com participação de quatro servidores.

O grupo criminoso atuava de maneira estruturada, criando beneficiários fictícios por meio da simulação de filhos ou cônjuges de falecidos, falsificando documentos como certidões de nascimento e contratos de locação, além de inserir dados falsos nos sistemas do INSS. As investigações foram temporariamente interrompidas por um conflito de competência, resolvido pelo STJ, permitindo a retomada dos trabalhos em 2023.

Os quatro investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato, falsificação de documento público, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção passiva.

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