Baep apreende armas em cooperativa do transporte público de Campinas
Policiais do Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagraram nesta sexta-feira (7), a terceira fase da Operação Sumidouro.
Os trabalhos miram em atividades financeiras de organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas em Campinas e região, buscando reprimir a prática de crimes de lavagem de dinheiro e sequestrar bens dos envolvidos.
Segundo o Gaeco, as ações da nova fase investigam suspeitas de lavagem de dinheiro entre integrantes da quadrilha. No caso da cooperativa, as linhas de ônibus estariam sendo administradas por membros da organização criminosa e em nome de “laranjas”.
As autoridades cumpriram três mandados de prisões temporárias e nove de busca e apreensão. Duas pessoas também foram presas por porte ilegal de armas de fogo. Além disso, houve o sequestro de imóveis e veículos da organização criminosa, incluindo seis ônibus, dentre outras medidas patrimoniais.
Conforme o balanço final do Baep, foram apreendidas duas pistolas, três espingardas e 45 munições, sendo 10 deflagradas.
Por decisão judicial, os investigados foram proibidos, por si ou em nome de terceiros, de explorar linhas de transporte público em Campinas ou qualquer outra localidade.
Sobre a operação
A Operação Sumidouro recebeu esse nome pelo fato de os investigados usarem galerias pluviais da cidade para ocultar e comercializar os entorpecentes. As investigações são decorrentes de outra operação, esta deflagrada pelo Gaeco e pela PM em 20 de abril de 2022.
Na ocasião, houve a prisão do sobrinho de um sequestrador ligado à facção criminosa conhecida como PCC e a apreensão de cinco armas de fogo, munições, aparelhos de telefone celular, cadernos com contabilidade do tráfico de drogas na cidade de Campinas, documentos e a quantia aproximada de R$ 306 mil em espécie.
O homem preso durante os trabalhos foi denunciado pelos crimes de associação para o tráfico, porte de arma de fogo e corrupção ativa, sendo condenado a 16 anos e 8 meses de reclusão.
A partir daí, foi possível identificar diversos integrantes da organização criminosa liderada pelo réu, responsável por inúmeros pontos de venda de drogas em Campinas.
Participaram da operação desta sexta-feira, quatro promotores de Justiça, 12 servidores do Ministério Público e 65 policiais militares.