São Paulo avança na proteção de vítimas de violência doméstica com tornozeleiras eletrônicas
Dias antes do Natal, a eficácia do projeto piloto de monitoramento por tornozeleira eletrônica, implantado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, foi comprovada em um caso de violência doméstica. Um autônomo de 31 anos, monitorado eletronicamente, tentou se aproximar da casa de sua ex-companheira, infringindo uma medida protetiva de urgência. A tentativa acionou um alarme no Centro de Operações da Polícia Militar, que rapidamente enviou uma viatura ao local. O homem foi encontrado e detido, demonstrando a pronta resposta do sistema de segurança.
Esta ação preventiva é parte de um programa focado na proteção de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Implementado há quatro meses em São Paulo, o projeto já equipou 144 detidos com tornozeleiras eletrônicas após audiências de custódia, sendo 65 casos relacionados à violência doméstica.
O Secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou a importância do projeto, afirmando: “Esse projeto foi um grande acerto para que o agressor detido por violência doméstica e solto em audiência de custódia seja monitorado. Em caso de descumprimento das medidas impostas, ele pode ser rapidamente preso pela Polícia Militar, prevenindo a aproximação da vítima”. A iniciativa tem sido efetiva não só em monitorar os agressores, mas também em garantir uma resposta rápida em situações de risco.
A SSP planeja expandir o monitoramento para todo o Estado até o final do ano, visando uma vigilância mais ampla de agressores e a segurança contínua da população. O edital para a compra de mais tornozeleiras eletrônicas está em processo de elaboração, e a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) já renovou a contratação de 8 mil dispositivos para apoiar a expansão.
Esse sistema de monitoramento por tornozeleira eletrônica, operado pelo Centro de Operações da Polícia Militar, tem demonstrado ser uma ferramenta crucial na proteção das vítimas. Em casos de violação de áreas restritas, viaturas são imediatamente acionadas e operadores entram em contato com as vítimas, garantindo sua segurança até a detenção do infrator.
Com essa iniciativa, São Paulo se posiciona na vanguarda de estratégias eficientes de combate à violência doméstica, usando tecnologia e ação policial coordenada para proteger as vítimas e prevenir novos crimes.